quinta-feira, 21 de março de 2013

O Segredo do Segredo






Na verdade já não era tão segredo assim o tal “Segredo”. Esses ensinamentos estão registrados em velhos pergaminhos e em vários livros anteriores ao livro “O Segredo”.

O problema é que “O Segredo” foi fantasiado demasiadamente. Em entrevista Amit Goswami, fala sobre essa mistificação.

“O Segredo” ensina mentalizar “coisas” para manifestá-las no mundo físico. Coisa que já fazemos sem perceber, pois pensamento é matéria e é precipitado no muno físico em forma de objetos ou situações. O que Rhonda Byrne não o ensina no livro é algo básico.



O segredo do “Segredo”, é que devemos nos livrar em primeiro lugar de uma companhia constante, a “culpa”.

A culpa é uma vilã que nos atrapalha constantemente. A culpa desfaz todo um trabalho elaborado de horas de meditação.

Nós já nascemos com culpa por conta de Eva. Uma história mal contada que gerou uma culpa medonha para toda a humanidade, pois nos faz acreditar piamente que somos culpados só pelo fato de Eva ter comido e feito Adão comer uma maçã. Uma história alegórica que não corresponde a duas pessoas num paraíso e sim corresponde a uma civilização inteira... Mas isso é história para outra hora. Enquanto isso, a igreja fortalece essa culpa dia a dia. Fiéis com culpa lotam igrejas, isso é um ótimo negócio para padres e pastores.

Se sentir culpado e não merecedor de qualquer coisa ou situação é coisa comum a todos nós.

Sentimos-nos culpados em relação aos nossos pais, filhos, maridos, esposas, etc. Se ficarmos batendo no peito e repetindo a ladainha que nos foi ensinada desde pequeninos, “minha máxima culpa”, não chegaremos com sucesso à lugar algum.

Sentimos-nos culpados se damos atenção demais, ou de menos; se fazemos algo, ou deixamos de fazer; se pensamos assim, ou assado; se falamos ou omitimos, enfim até mesmo por termos nascido.

O primeiro exercício básico é eliminar a culpa de nosso cardápio diário:

Coloque a mão direita entre o ombro esquerdo e o pescoço, com a cabeça levemente inclinada para a direita e repita o seguinte:
“Mãe (ou se preferir “Deus”), eu não sou culpado (a) de nada”.
Repita esse exercício sempre que desejar ou se sentir culpado de algo.

Em segundo lugar devemos parar de nos castigar por conta dessas “culpa” que sentimos. Boicotamos-nos o tempo todo. Nós fazemos uma mentalização de algo que queremos muito, em seguida a culpa pesa no inconsciente e entra em ação desfazendo a mentalização afirmando para nós mesmos que “não conseguiremos realizar a mentalização pois nada acontece de bom conosco, não somos merecedores, somos uns infelizes azarados. Com o vizinho é fácil acontecer tudo de bom, conosco não. Com tanta culpa, com tanta coisa errada que fazemos, com tanta insignificância, não poderemos receber essa benção”. Bem, dessa maneira básica tudo vira poeira cósmica.

Segundo exercício de afirmação:


  1. “Eu sou o Eu sou, e estou no comando do meu Ser de agora em diante”;
  2. “Eu Sou a Porta que ninguém pode fechar”;
  3. “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”;
  4. “Eu Sou a Abundância de Deus”;
  5. “Eu Sou a Pureza de Deus”;
  6. "Eu Sou a Perfeição de Deus”;
  7. “Eu Sou o Eu Sou manifestando aqui e agora”;
  8. “Eu Sou a Ressurreição e a Vida”;
  9. “Eu Sou merecedor (a) do Reino de Deus”.

Repita essas afirmações diariamente.  Pare e sinta a vibração de cada afirmação vinda do Universo preenchendo todo o Seu Ser. Fique contemplando essa energia percorrendo os seus corpos, limpando, purificando e transmutando cada célula, livrando você de toda negatividade.

Em terceiro lugar temos que encarar nossos medos. O bicho papão que esteve por muitos anos escondido debaixo da cama ou do armário. Pois é, quando criança o nosso medo se manifesta desta maneira, depois vira uma bola de neve tão grande que nem sabemos por onde começamos a rever a situação. Medo, medo de não ser amado, medo de perder um amor, perder um ente querido, medo de não ser bom o suficiente, de fracassar, de não ser compreendido...

Então, eliminar os medos é nosso terceiro exercício. O medo vem porque nos falta coragem. O medo é um excesso, sim, um excesso de falta de coragem.

Então o exercício que temos que fazer não é negar o medo e sim afirmar a coragem, sim, trazer a coragem para enfrentarmos as situações.

A falta de coragem vem por falta de “Fé”. A fé fortalece a crença de que nada pode nos afetar. A fé num “Poder Maior”, a fé no “Criador”, a fé de que “A Ele tudo pertence e por Ele tudo existe” e de que, portanto, “Não acontece nada que já não esteja planejado por Ele”.

A fé é a certeza que sentimos, e temos, de que Pertencemos ao Universo e que o Universo nos Pertence.

A fé nos traz a coragem. A fé não é uma crença cega. Ela, pelo contrário, não só sente como vê e ouve. Tem direção e rumo certo. A fé tem que ser consciente.

Exercício de Fé e Coragem:


  1. “Não existe medo na Mente de Deus”;
  2. “Eu pertenço ao Universo e o Universo me Pertence”;
  3. “Eu Sou o eu Sou, Aquilo que É e Sempre Será”;
  4. “Eu me fortaleço Naquele que me Criou”;
  5. “Eu Sou a Perfeita Criação de Deus, portanto Eu Sou a Perfeição de Deus”;
  6. “A Fé percorre o meu corpo e alimenta de coragem minha Alma”;



Com a mão no coração diga:

“Eu Sou o Puro Amor de Deus e me encho de Coragem vencendo os meus medos que na verdade nem existem”.


Uma coisa muito importante que percebi, foi que a observação é uma grande aliada para esses exercícios, talvez seja a chave de tudo.

Inconscientemente manifestamos o que observamos. Quem já não reparou nos maus hábitos de alguém? Ou má criação de um filho de amigos ou vizinhos? Quem já não reparou, por exemplo, em uma criança birrenta, e depois se viu em apuros com o próprio filho fazendo birras, e logo pensou, ”Quem mandou reparar nos filho dos outros” ou “Paguei pela língua”?

Manifestamos inconscientemente o que observamos. Então, que tal manifestarmos conscientemente o que observamos? Sim podemos.

Os três exercícios anteriores podem ser reforçados com observações.

Culpa medo, coragem, e fé são sentimentos, então como podemos observar esses sentimentos?

A coragem é a mais fácil, é só observar situações em que envolve a coragem, por exemplo:

“Um bombeiro em ação, enfrentando o perigo para resgatar pessoas ou animais num incêndio ou numa catástrofe.”;
“Observar um animal enfrentando com coragem um predador maior que ele para defender sua prole”;
“Observar uma pessoa de fibra enfrentando preconceitos e alcançando o sucesso”;
“Observar uma pessoa enfrentando uma doença grave com garra e coragem”;
Observar e admirar a coragem nos outros, nos traz essa sensação maravilhosa de que se eles conseguem, conseguiremos também, se eles podem, poderemos também.

Já o segundo exercício, que envolve a mania que temos de nos achar incapazes e desmerecedores das bênçãos e abundância de Deus, é um pouco mais complexo, mas não é impossível.

Se observarmos situações que envolvem capacidade, como por exemplo: “Um indivíduo, que com suas limitações físicas ou mentais consegue com esforço e dedicação alcançar um objetivo”; logo pensaremos que, sem as limitações será bem mais fácil para conseguirmos alcançar nossos objetivos, que seremos capazes de realizar qualquer projeto se nos empenharmos com dedicação e esforço, e se somos capazes, somos merecedores do resultado.

Já a culpa pode ser mais complicada ainda. Culpa é algo enraizado em nós, e exige um maior esforço. Temos que mudar padrões, para isso temos que ir bem fundo e verificar o que nos faz sentir culpados. A historinha de Eva e Adão, por exemplo, é apenas uma alegoria. Não existe culpa, e sim responsabilidades. Uma ação gera uma reação. Todo ato tem uma conseqüência. Se erramos, não temos culpa. Aprendemos com os erros e procuramos não repeti-los. Se repetirmos o erro teremos a mesma conseqüência de forma diferente, e seremos forçados a rever essas atitudes se quisermos outro resultado. Então porque se sentir culpado? Somos perfeitos na essência, mas para manifestarmos essa perfeição precisamos admitir que temos que nos lapidar, temos que evoluir e para isso temos que aprender com os erros e acertos. |Então a culpa não pode existir se o erro gera aprendizagem.

Podemos observar nossos erros e acertos, fazer um balanço e tirar um saldo positivo de ambos. Assim a culpa se desfaz como pó ao vento.



“Recebi esse artigo de um mensageiro, quando estava em meditação. Veio como um relâmpago. Todos os artigos que escrevo sobre espiritualidade, são direcionados por eles. Mas este em especial não foi tirado ou desenvolvido a partir de nenhum outro artigo. Este foi por projeção, foi passado por inteiro diretamente para a minha mente.”



Namastê!


Carmem De Vasconcellos

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